segunda-feira, 30 de novembro de 2009

5º dia – 27 de novembro de 2009
(Aqui estou com o Pr. Antonio)
O dia esta frio, um dia típico de outono. Thainá, filha de Hernán, amanheceu com febre e dor de garganta, oramos por ela, mas a temperatura subiu e Hernán tem que levá-la ao medico.
Tenho que cozinhar, vou fazer purê, lembro de casa quando cozinho para mim família, quanta falta me fazem!
Comuniquei-me com minha família por internet, eles estão bem, só com saudades.
Este dia foi para descansar, o dia de ontem foi muito intenso.
Depois de almoço conversei com Hernán, e o resto da tarde me dediquei a ler. Umas 7 da noite decidimos ir ao culto de oração, nos arrumamos rapidamente e saímos para tomar o metrô.
Como o dia foi meio parado senti muita saudade da minha família, da minha consorte Cristina, de minha filha primogênita Miriam e do meu filho caçula Pablo Miguel.
O culto foi interessante, mas sento falta da minha tribo. Aqui os irmãos são mais frios, apesar de ter muitos latinos. Conheci o pastor da igreja onde Hernán e sua família congregam, achei ele um pouco frio, mas me parece um homem serio.
Ao voltar a casa tudo me lembra que não estou no Brasil, sinto mais saudade de casa. Ao chegar a casa, são quase 23 horas, 20 horas no Brasil, que vontade de estar com meus filhos na reunião de sexta feira.
O dia foi de fazer reflexões, de valorizar a família que tenho.
Chego à conclusão que é muito difícil viver aqui, penso que não viria a tentar a vida a não ser por ordem de Deus, acho que estou ficando velho. Tomamos um gostoso chá e conversamos um pouco mais. Lembro-me dos meus começos no Brasil... Agradeço a Deus pelo que sou e pelo que tenho: família, amigos, muitos filhos...
Chega a hora de dormir...
Boa Noite...

6º dia – 28 de novembro de 2009

Fomos convidados a almoçara casa do irmão de Hernán, o que tem problemas com drogas. Ele tem uma família linda, sua esposa, Evelyn, e dois filhos, um filho e uma filha.
Almoçamos uma comida típica do Chile, “Pastel de choclo”, uma torta de milho, com carne moída e frango, que é levada ao forno. Sinto-me honrado, agradeço a Deus. Converso com Evelyn, ela me conta suas duvidas, seu drama com seu marido, posso ministrá-la, animá-la, orar por ele. Neste momento me lembro do Ronaldo e a sua família, no meu espírito oro por eles.
Conversei por internet com minha casa, senti a minha consorte com saudade, cansada até um poço irritada. Conversei com ela, espero que o Senhor lhe ajude, assim como não é fácil para mim aqui,imagino que para ela é difícil estar lá.
Assim foi meu dia, pesei o dia aconselhando e orando, servindo aos meus irmãos, chilenos, com os talentos que Deus me tem dado.
Estou um pouco melancólico, sinto muita falta da minha família, muita falta do Brasil, da minha tribo. Como seria que muitos de meus filhos pudessem sair e conhecer outra realidade, para que pudessem valorizar mais o que Deus esta fazendo no Brasil e em especial o que ele esta fazendo com a tribo: “Ninho das Águias”.
Vou deitar, são quase duas horas da manhã, demoro em dormir; leio, oro, jogo paciência no computador...
Esta tarde chegou a hora de dormir...

7º dia – 29 de novembro de 2009

Hoje esta de aniversário meu irmão Miguel, peço que Deus o abençoe.
Despertei com uma palavra no meu espírito: “Os trabalhadores da última hora”.
Vou a Bíblia, e Deus me leva a Mateus 20, do versículo 1 ao 16.
Aqui Deus começa a falar comigo, escuto de Deus que ele esta convocando os trabalhadores das 5 da tarde. Aqui faço uma reflexão, penso que os que são contratados nas primeiras horas, talvez tenham mais habilidades, estão melhores preparados para fazer o trabalho, penso que a religião pede títulos, certificados, cursos, e isto no é que esteja mal, mas entendo que Deus está chamando gente sim aparência, sem preparação humana. Neste momento este versículo alcança minha mente: “Por tanto, isso não depende (eleição) do desejo ou do esforço humano, mas da misericórdia de Deus”. Romanos 9: 16. Deus está convocando os trabalhadores da última hora não com base nas capacidades, mas com base na sua misericórdia. Então se disponha a trabalhar na vinha do Senhor. Acredito que somos os trabalhadores da última hora, trabalhadores que vamos cooperar para que a tarefa encomendada seja concluída. Você e eu somos os trabalhadores contratados no final da tarde. Creia isto e o declare com forte voz: “Eu sou um trabalhador da ultima hora”.
O resto da tarde o usei para me preparar para pregar na igreja que Hernán y sua família freqüentam.
A reunião éas18 horas, temos que sair de casa uma 17:15. Quando saímos uma forte chuva cai sobre a cidade, esperamos um pouco, a chuva diminui, mas embaixo chuva vamos a tomar o metro. Ao chegar, nos encontramos com o pastor, se chama Antonio, que calorosamente nos complementa.
Não há muita gente devido à chuva, acredito que umas 100 pessoas. A reunião começa: oração, adoração, avisos, e sou chamado à plataforma. As minhas primeiras palavras são para agradecer a confiança do pastor de ter permitido me deixar pregar. Para que você possa entender, aqui os pastores têm algumas reservas a deixar um pastor que vem de fora pregar, já que tudo é tão difícil nesta terra que com só uma palavra se pode destruir um trabalho de anos. Eu entendo isso, eu pessoalmente não entrego a plataforma para alguém que não conheça. Deu tem colocado no meu coração ministrar a palavra de Genesis 25 e 26, a diferença entre os filhos legítimos e os filhos da concubina. Antes de começar, o Espírito me tinha comissionado separar fotos da minha família e mostrá-las a igreja, já que, se estou nesta terra se deve a que o Eterno me tem dado uma linda família que é fundamental na vida deste profeta. Honro a minha consorte, e os meus filhos, mesmo que a distancia, os honro.
Começo a ministrar, é um pouco estranho, já que, tenho tanto tempo ministrado em português parece que as palavras me faltam, mas começo. Nos primeiros minutos um pouco tímido, sondando o terreno, tendo cuidado com as palavras. Num momento que não sei dizer bem quando, me libero, melhor dizendo o Eterno libera algo sobre aquele povo. Foi muito bom, Deus trouxe palavras de animo para o Pastor Antonio, o Eterno o chamou cavador de poços e não só cavador, mas também aquele que desentulha poços abertos pelas gerações passadas. Foi tremendo, Deus seja louvado. Busco na minha memória e descubro que é a primeira vez que prego numa igreja espanhola, algo começa acontecer, penso que a porta que o Senhor falou que devia abrir-se se esta abrindo. Ao final da ministração me colocou a disposição do pastor como servo, declaro que não estou nesta nação atrás de fama, reconhecimento, nem atrás de oferta em euro, estou aqui para servir.
Muitos irmãos vêm se despedir, gente da Romênia, da França, da Bolívia, do Peru, da Colômbia, de Chile, espanhóis, gente de todo povo, língua e nação.
Voltamos a casa, comemos alguma coisa e nos vamos a descansar. Amanha segunda feira, acaba meu tempo na cidade de Barcelona. A partir de segunda pela tarde estarei em Bilbao. Orem para que tudo corra como o Senhor quer.
Continuem orando por mim, por o tempo em Bilbao, pela minha viagem a Letônia (dia 07 de dezembro), pela minha casa e por aquilo que Deus te mandar orar.
Desde Espanha, esta terra abençoada por Deus, um forte abraço!

Nenhum comentário:

Postar um comentário